domingo, 17 de maio de 2009

Páginas Negras

Este seria o meu nono livro se eu já não tivesse perdido a conta e se ele pudesse ser um livro.
Às vezes acho que sou “grandinha” demais pra um livro assim, mas sinto que este será infinitamente mais divertido. Aqui não tenho páginas em branco...

Também não tenho espaço aqui pra minha vida e também nunca acreditei que pudesse fazer algo tão interessante que valesse um livro. É apenas um recorte de mim. Apenas uma peça de um grande quebra-cabeças.
A vida fez de mim muito mais Kurogo que protagonista de minha própria história, assim, aqui sou um ponto. Um agente para mudança de cenário.

Sente-se e aprecie.

Ainda não amanheceu.
Decidi fazer aqui o meu “Death Note”, já que não pode ser um livro. Aí, assim, vou eliminando criminosos, pessoas, coisas e criando meu mundo ideal onde eu sou deus.
Tudo isto enquanto imprimo pequenas nuances, sabores, cheiros. As coisas pequenas que me fazem.
Um compromisso apenas com todas as realizações que planejo alcançar: o de me manter em frente ao espelho.
É onde me enfrento, é onde vivo.
É onde guardo meu segredo e me deparo com meus medos.
Apenas isso, não perder o rumo, não perder o sentido.
Quero estar em frente ao espelho quando as rugas aparecerem. Não quero gastar um só segundo procurando, questionando o que foi feito daqueles dias.
Quero ver o chão antes de cada passo e, ocasionalmente, verificar uma pegada bem marcada. Nada de metas no próximo ano.

Só viver, só viver.

"Merda nenhuma salva. Eu quero envelhecer. Quero te esquecer. Quero enxergar bem mal, bem mal, bem..." - Banda Watson (II)

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