domingo, 10 de maio de 2009

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A dificuldade de romper laços cultivados por muito tempo.
Segredos cravados nas unhas, que ferem a vontade de sorrir, de poder abraçar sem tremor. Ou sem temor.
O tom de voz calmo e baixo reflete o olhar frio. Decidido. Cruel.
Palavras nunca são só palavras. Vêm sempre acompanhadas de risos ou choros ou ranger dos dentes.
É escuro pra se enxergar o quanto a dor é real, mas a crueldade ilumina, abre os olhos de quem quis por muito tempo apenas não enxergar.
Apenas mais um fim. Assim como o início foi marcado. Um banco no parque, uma casinha de criança.
Carrocél e seu eixo - a cada aproximação um distanciamento. E cada espectativa uma decepção. Indução e repulsão.
Só que essa brincadeira não tem graça fora dos parques de diversões e a gente se tornou "grande o bastante" pra brincar de sonhos de criança.

Hoje brincamos com nossos bonecos quebrados, cultivando nossos mortos, sempre imortais.
Um beijo no rosto e uma mensagem em branco. Junto com uma imensa fileira de cadeiras, que parecem ser muito maiores quando se está partindo. Partida, trêmula.

E as luzes se acendem.
O filme não tem mais graça.

"O pulso afasta os pontos
e deixa respirar cicatrizes sempre abertas.
Mantidas abaixo do desprezo ao acaso
e desculpas semi aceitas..." Dance of Days - Pregos, cruzes e um saco de moedas

3 comentários:

  1. Gostei muito das postagens, continue postando que continuarei visitando ^^...

    (Posso relacionar seu blo no meu? rsrs)

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  2. Seu blog é fora de série!
    Relacione! Claro!

    Não deixe de me visitar...:p

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